Produtores querem pagar somente os juros das dívidas e amortizar 10% do principal
(Produtores agrumentam que, ao vender o café para quitar as dívidas, ficam descapitalizados)
O presidente da associação disse que o atraso na liberação dos financiamentos para colheita, custeio e estocagem de café é preocupante, mas observa que no caso da Zona da Mata os produtores estão receosos de tomar novos créditos por causa do risco de aumento do endividamento. Ele calcula que 15% dos produtores da região que possuem renda de outras atividades fora das fazendas estão em boa situação; 15% estão em situação razoável; e os 70% restantes, a maioria pequenos proprietários, estão enfrentando dificuldades.
Os produtores da Zona da Mata cobram do governo anistia para as dívidas ou uma mudança no sistema de pagamento dos financiamentos do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf). Argumentam que, ao vender o café para quitar as dívidas, ficam descapitalizados. Eles querem pagar somente os juros das dívidas e amortizar 10% do principal.
Segundo a entidade, os custos de produção da cafeicultura de montanha, que é predominante na região, estão em R$ 336 a saca, bem acima do preço mínimo de R$ 307 a saca estipulado pelo governo. Os produtores da região atualmente estão vendendo o café a R$ 250 a saca.
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