Cafeicultores da Zona da Mata Mineira querem anistia das dívidas

Produtores querem pagar somente os juros das dívidas e amortizar 10% do principal

(Produtores agrumentam que, ao vender o café para quitar as dívidas, ficam descapitalizados)
 
Uma comissão de representantes dos cafeicultores da Zona da Mata de Minas Gerais se reuniu nesta terça, dia 16, com o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, para propor medidas de apoio ao setor, que responde por 90% da economia da região. O presidente da Associação da Agricultura Familiar do Leste de Minas, Admar Rodrigues Soares, explicou que a comissão representa cerca 40 municípios e 50 mil produtores.

O presidente da associação disse que o atraso na liberação dos financiamentos para colheita, custeio e estocagem de café é preocupante, mas observa que no caso da Zona da Mata os produtores estão receosos de tomar novos créditos por causa do risco de aumento do endividamento. Ele calcula que 15% dos produtores da região que possuem renda de outras atividades fora das fazendas estão em boa situação; 15% estão em situação razoável; e os 70% restantes, a maioria pequenos proprietários, estão enfrentando dificuldades.

Os produtores da Zona da Mata cobram do governo anistia para as dívidas ou uma mudança no sistema de pagamento dos financiamentos do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf). Argumentam que, ao vender o café para quitar as dívidas, ficam descapitalizados. Eles querem pagar somente os juros das dívidas e amortizar 10% do principal.

Segundo a entidade, os custos de produção da cafeicultura de montanha, que é predominante na região, estão em R$ 336 a saca, bem acima do preço mínimo de R$ 307 a saca estipulado pelo governo. Os produtores da região atualmente estão vendendo o café a R$ 250 a saca.

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