Assim
como os humanos, os animais também estão sujeitos a doenças que podem,
inclusive, matar. Para isso, é importante a vacinação anual contra
enfermidades. “A vacinação tem o objetivo de prevenir a doença e
garantir saúde ao animal, por isso, ela é tão importante”, afirma
Margarete Alves Franco da Fonseca, mestre em Sanidade Animal e
professora de Imunologia e Doenças Infecto-contagiosas na faculdade de
Veterinária da Universidade da Região da Campanha (Urcamp), em Bagé/RS.
Margarete
destaca três doenças mais perigosas aos cavalos Crioulos: tétano, raiva
e encefalomielite. As duas últimas são transmitidas por vírus e
classificadas como zoonoses, doenças que podem ser repassadas ao homem.
Elas atingem o sistema nervoso provocando uma série de distúrbios e,
consequentemente, a morte do animal. Não existe cura e, por isso,
proteger o cavalo é fundamental. O tétano é outra doença que preocupa
porque é muito fácil de ser contraída por equinos.
Aos
criadores da região sul do Brasil com temperaturas baixas durante o
inverno, ela também faz um alerta para as doenças respiratórias que
podem ser adquiridas pelos animais. A primeira é o garrotilho, que
compromete o aparelho respiratório do cavalo, considerado uma endemia na
região. Outra enfermidade comum é a gripe equina. A doença, provocada
por um dos tipos da influenza A, tem uma taxa de infecção de quase 100%
em populações de cavalos não vacinados e sem exposição anterior ao
vírus. Também preocupante é a rinopneumonite, que debilita o sistema
respiratório e provoca o aborto em éguas prenhas. Margarete ainda
ressalta aos criadores cuidados com a leptospirose, transmitida pela
urina do rato.
As
vacinas devem ser aplicadas no quarto mês de vida com um reforço 30
dias após a primeira dose. “Até o quarto mês o animal está protegido
pelos anticorpos do leite da égua, por isso, não é preciso vacinar”,
conta. Depois disso, as doses devem ser feitas anualmente. No caso das
éguas prenhas, a vacina também deve ser feita no quinto, sétimo e nono
mês de gestação para evitar a contaminação por leptospirose e
rinopneumonite.
Não
há problema em aplicar todas as vacinas juntas, inclusive existem
produtos no mercado que reúnem três ou mais tipos. Os equinos precisam
estar bem alimentados, vermifugados, com um bom manejo biológico para
que a vacina tenha uma melhor resposta no organismo do animal. Quanto às
reações, Margarete diz que é comum apenas um leve inchaço no local da
aplicação e no máximo dois dias de alteração na temperatura do cavalo.
“O custo benefício da vacinação é imensurável. Você gasta R$ 70,00, R$
80,00 numa dose e evita que um animal morra transformando o investimento
em prejuízo”, afirma Margarete.
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