Cavalos que participam do Freio de Ouro passam por treinamento atlético

Para se tornar um grande campeão, é preciso uma alimentação balanceada, suplementação e muito descanso

(Freio de Ouro é considerada uma das provas mais exigentes que existe no mundo equestre)
 
Para quem pensa que o cavalo só deve comer capim e beber água para ficar forte, está completamente enganado. Para se tornar um grande campeão do Freio de Ouro, é preciso uma alimentação balanceada, suplementação e muito descanso. Todos os cuidados que um atleta recebe estão presentes na hora de treinar para a mais importante competição do Cavalo Crioulo.

O Freio de Ouro é uma das provas mais exigentes que existe no mundo equestre. Somente na Expointer, são três dias de prova, reunindo trabalho aeróbico e anaeróbico. Ou seja, gasto rápido e ao mesmo queima lenta de oxigênio.

– É um atleta que tem seu exercício físico ao extremo, então isso requer um treinamento mínimo de um ano.

A primeira coisa é se preocupar com o treinamento físico e estar muito bem condicionado. Para isso, trabalha-se a musculatura, tendões, articulações e toda a parte pulmonar, cardíaca e sanguínea – afirma o inspetor técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Crioulo (ABCCC), Claudio Azevedo.

A alimentação dos cavalos é feita basicamente com 70% de feno ou matéria verde, como a alfafa, e 30% de concentrados especiais para fornecer aos animais. Segundo Azevedo, um cavalo que tem trabalho leve, precisa “x” de proteína, um cavalo em exercício intenso como a prova que ocorre no Parque de Exposições Assis Brasil, requer uma condição de talvez quatro ou cinco vezes mais de proteína e energia.

A hidratação é outro fator importante. Os cavalos precisam estar sempre tomando bastante líquido e, principalmente, após os treinos. Os cavalos também têm um treinamento intenso antes das provas finais e treinam duas vezes por dia num trabalho que simula todas as etapas do freio de Ouro. Além disso, é preciso muito descanso nos dias em que antecedem o evento.

– O treinamento é mesclado, para facilitar adaptação da prova. Por exemplo, na etapa da andadura o cavalo precisa estar na mão do ginete, tem que estar calmo e bem adestrado. Existem também  as etapas como a paleteada e a mangueira que você arranca de zero a cem e tem um gasto de oxigênio máximo – afirma Azevedo.

Além do fator animal, tem o humano e por isto o ginete responsável pela égua campeã do Freio 2013, a Oraca do Itapororó, afirma que é preciso ter cuidado para não estar muito pesado nos dias das provas.

– Cuido muito a minha alimentação para não sair do peso. O próprio dia a dia de treinamentos já me dá um preparo para competir – afirma o ginete Fábio Teixeira. Liderando desde o primeiro dia de competição, Oraca do Itapororó com o ginete Fábio Teixeira da Silveira garantiu o Freio de Ouro entre as fêmeas, com 23,319 pontos de média final. Nos machos, com 21,826 pontos, Cadejo da Maior, com Daniel Teixeira levaram o troféu para casa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário