Vacinação deve ser feita em novembro em todo o rebanho do Estado
(Com reajuste entre 30% e 40%, a dose para a vacinação será comercializada entre R$ 1,55 a R$ 1,60)
A imunização do rebanho de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa na
segunda etapa de 2013 custará mais caro aos pecuaristas de Mato Grosso,
informou a Acrimat. Com reajuste entre 30% e 40%, a dose para a
vacinação será comercializada entre R$ 1,55 a R$ 1,60. Em maio, durante a
primeira etapa, este valor variou entre R$ 1,05 e R$ 1,20. Ao todo, o
desembolso dos pecuaristas deve chegar a R$ 45 milhões, somando os
custos do manejo do rebanho, uma vez que neste período de chuvas a
condução do gado é mais difícil e pode ocasionar perdas de peso ou
imprevistos, e os custos com mão-de-obra.
O segundo período de
vacinação no Estado vai de 1º ao dia 30 de novembro e é voltado para
todo rebanho, de mamando a caducando. Na região do Pantanal, a
imunização poderá ser feita até o dia 10 de dezembro. Apesar da alta nos
preços, os produtores devem manter seu compromisso com a sanidade
animal, aponta a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).
O
superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, explica que os gastos com a
vacinação não deixa de ser um investimento do produtor para a
manutenção do status sanitário do Estado.
– O pecuarista
reconhece a importância da vacinação para manter o rebanho livre da
aftosa, o que garante mercado para nossa carne. Apesar de mais cara, o
pecuarista não deixará de vacinar.
Há 17 anos não há registro de
aftosa em Mato Grosso, garantindo o status de livre de aftosa com
vacinação. O compromisso é reafirmado pelo pecuarista Marcos Jacinto, de
Gaúcha do Norte.
– Nosso comprometimento não é atingido pelas
variações de preços, até porque, entre o começo do período de vacinação e
final há uma redução no valor da vacina. Além disso, há anos a
vacinação já integra as atividades da pecuária de corte.
O
pecuarista avalia que o acréscimo no preço da vacina é normal sempre que
uma etapa começa, mas, que depois, até mesmo para aliviar o estoque,
laboratórios e empresas reduzem este margem.
– Os laboratórios
sabem da obrigatoriedade da vacinação e por isso praticam o preço que
querem. Podemos observar ao longo desses anos que sempre há uma redução
no preço ao fim da etapa e se isso ocorre é porque as empresas trabalham
com uma margem de lucro majorada – analisa Jacinto.
O gerente de
uma rede casa agropecuária, Genésio Puhl, explica que se avaliado o
preço nos últimos dois anos é possível identificar que a variação não
foi tão grande, uma vez que em 2011 a dose chegou a ser comercializada
por R$ 1,30.
– Comparando com 2011, o aumento é pequeno. Final do
ano passado e em maio deste ano que houve uma redução mais acentuada no
valor, mas agora foi reajustado.
A compra das doses é permitida a
partir do dia 1º de novembro e a expectativa do Instituto de Defesa
Agropecuária de Mato Grosso (Indea) é que mais de 28 milhões de animais
em mais de 100 mil propriedades sejam vacinados. O descumprimento da
obrigação dentro do período estipulado acarretará em uma multa de 2,25
Unidades Padrão Fiscal (UPFs) por animal, o que representa R$ 230,28. A
comunicação ao Indea sobre a vacinação deverá ser feita até o dia 10 de
dezembro.
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